Seminário do CRILUS/Cátedra Lindley Cintra “A Língua Portuguesa em Culturas” com Sara Barbosa
Sessão sob a forma de webinário no quadro do ciclo de seminários doutorais (abertos aos mestrandos) «A Língua Portuguesa em culturas », do Centre de recherches interdisciplinaires sur le monde lusophone (CRILUS – Etudes Romanes) da Universidade Paris Nanterre, proposto por Graça dos Santos e José Manuel da Costa Esteves, em parceria com a Cátedra Lindley Cintra, Leitorado de Português da Univ. Paris 8 -Saint Denis e Casa de Portugal – André de Gouveia.
Data : 2 de fevereiro 2021, 14H – 16H
Elementos para a Inscrição: Para poder assistir à Sessão escrever um mail para: mdossantos@parisnanterre.fr
Os dias de Irene Lisboa
A obra de Irene Lisboa revela um inovador projeto moderno e modernista: os diversos textos que a compõem relacionam-se entre si como se de fragmentos se tratasse, encaixando-se para formar uma unidade. Essa unidade torna-se visível nas ligações e implicações intertextuais e nas recorrências temáticas e estilísticas. Poesia, crónica, ficção autobiográfica, diário apresentam fronteiras frequentemente difíceis de estabelecer e de organizar segundo os critérios do género textual. O seminário partirá da obra poética, publicada com o pseudónimo João Falco, procurando assinalar relações, bem como determinadas temáticas recorrentes na escrita de Irene Lisboa: o tempo e a memória, a reflexão sobre a escrita, a representação dos afetos. Será também posto em evidência o facto de a auto-representação de um sujeito-mulher deixar entrever um confronto entre a autoria feminina e os ditames sociais da época.
Sara Marina Barbosa é Mestre em Estudos Românicos pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com uma dissertação sobre a poesia de Irene Lisboa, publicada em 2019 : Irene Lisboa: O Sujeito e o Tempo. ¿Ainda tenho uma hora minha? Lisboa, Edições Colibri. Atualmente é doutoranda no Centro de Estudos Comparatistas da mesma Universidade em Estudos Portugueses e Românicos, desenvolvendo um projeto sobre escrita de autoria feminina na primeira metade do século XX. É bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia desde 2018.